domingo, 18 de outubro de 2009

Viagem ao Centro da Terra

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Dados da obra

Escrito por Júlio Verne (1828-1905)

Publicado em 1864

Literatura francesa 

Dados desta edição

Editora RBA, 2003, 267 págs.

Coleção Biblioteca Júlio Verne

Sinopse

No ano de 1863, pleno século XIX, o Dr. Lidenbrock, professor e geólogo alemão, depois de ter encontrado um manuscrito, escrito em código, de um antigo alquimista islandês do século XVI, e de o ter decifrado, descobriu que este foi ao centro da Terra.

Querendo também realizar tal feito “impossível”, ele e o seu sobrinho Axel, partiram para a Islândia com o intuito de penetrar no interior da crosta terrestre e chegar ao centro da Terra, como vinha referido no misterioso manuscrito, a entrada para o interior da Terra era feita a partir de uma cratera de um vulcão na região ocidental da ilha da Islândia, o Sneffels.

Depois de chegada à Islândia, o Dr. Lidenbrock contratou um caçador islandês, Hans, para servir de guia até ao vulcão e de ajudante na sua longa jornada no interior da Terra. Já abaixo da superfície terrestre, estes três homens desceram corredores e galerias, passando por vários obstáculos e peripécias, como por exemplo falta de água, andaram perdidos, Axel perdeu-se do grupo, entre outras... Até que chegaram a uma galeria de dimensões colossais que continha no seu interior um oceano, ilhas, nuvens, e até mesmo luz, gerada por um fenômeno elétrico desconhecido.

Para além destas características ainda possuía outra, mais chocante, existia vida naquele mundo paralelo ao mundo superficial, vida que na superfície era considerada já extinta há muitos milhares de anos, que ia desde dinossauros ao homem das cavernas.

Tudo isto a milhares de metros de profundidade, os três exploradores tiveram de construir uma jangada para viajar naquele oceano que parecia não ter fim. Resistiram a uma tempestade de vários dias que os levou à margem oposta do oceano, onde encontraram a passagem para o centro da Terra, mas estava bloqueada por um desabamento de terras recente. Hans colocou pólvora em torno da passagem e explodiu com o obstáculo, mas essa explosão foi de tal ordem que fez com que a jangada onde os três estavam fosse puxada para uma chaminé de um vulcão, em consequência de uma erupção foram expelidos para a superfície terrestre.

Quando estabeleceram contato com os habitantes locais, descobriram que tinham saído no vulcão Stromboli, localizado a norte da Sicília. Ou seja, percorreram mais de cinco mil quilômetros nesse mundo paralelo.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O Livro das Religiões

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Dados da obra

Escrito por Jostein Gaarder, Henry Notaker e Victor Hellern

Literatura norueguesa 

Dados desta edição

Editora Companhia das Letras, 320 págs.

Tradução de Isa Mara Lando

 Sobre o autor

Jostein Gaarder Jostein Gaarder nasceu em 1952, na Noruega. Estudou filosofia, teologia e literatura, e foi professor durante dez anos. Estreou como escritor em 1986, tornando-se logo um dos autores de maior destaque em seu país. A partir de 1991, ganhou projeção internacional com O Mundo de Sofia, já traduzido para 42 línguas. Mora em Oslo, com a mulher e dois filhos.

 Sinopse

O autor de O mundo de Sofia mergulha neste livro no universo complexo e contraditório das religiões. Juntamente com o jornalista Henry Notaker e o professor Victor Hellern, ele investiga todas as formas de religiosidade, expondo suas semelhanças e diferenças, define e contextualiza religiões, apresenta deuses desconhecidos e oferece ao leitor a possibilidade de conhecer um mundo em que não faltam demonstrações de sabedoria, fé e, claro, muitos conflitos.

Cada uma a seu modo, todas as religiões exaltam valores como compaixão, fraternidade e honestidade, ao mesmo tempo em que expõem as fragilidades e contradições da natureza humana. Dos diversos conflitos que marcam as disputas religiosas no mundo à reafirmação da pluralidade de crenças, neste livro o escritor norueguês propicia um contato intelectual esclarecido e generoso em relação a um dos pilares da vida da humanidade. E isso mesmo quando mostra o ponto de vista de pessoas que não têm religião - como os ateus, os agnósticos, os materialistas, os racionalistas convictos, os marxistas e os humanistas radicais.

Com simplicidade e erudição, O livro das religiões descreve as características e a base de cada fé, e mostra também um abrangente quadro de referência das interrogações e angústias espirituais não-religiosas. Para complementar, a edição brasileira - a segunda no mundo, após a publicação original na Noruega - conta ainda com um apêndice sobre as religiões no Brasil, elaborado pelo cientista social Antônio Flávio Pierucci.

domingo, 11 de outubro de 2009

Led Zeppelin – Led Zeppelin IV

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Este é o quarto álbum da banda  britânica Led Zeppelin, lançado em 8 de Novembro de 1971. Não possui qualquer título oficial mencionado na capa e é habitualmente designado de Led Zeppelin IV, na linha dos três anteriores registos da banda.

É um dos álbuns mais vendidos da história, com mais de 23 milhões de cópias vendidas somente nos Estados Unidos. As vendas a nível mundial estimam-se para cerca de 37 milhões de cópias.

  1. "Black Dog" (Page/Plant/Jones) – 4:57
  2. "Rock and Roll" (Page/Plant/Jones/Bonham) – 3:40
  3. "The Battle Of Evermore" (Page/Plant) – 5:52
  4. "Stairway to Heaven" (Page/Plant) – 8:03
  5. "Misty Mountain Hop" (Page/Plant/Jones) – 4:38
  6. "Four Sticks" (Page/Plant) – 4:45
  7. "Going To California" (Page/Plant) – 3:31
  8. "When The Levee Breaks" (Page/Plant/Jones/Bonham/Memphis Minnie) – 7:08

sábado, 10 de outubro de 2009

O Homem de la Mancha

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Dados da obra

Musical

EUA, 1972

2 horas e 12 minutos

Dirigido por Arthur Hiller

Roteiro de Dale Wasserman, baseado na peça teatral musical de mesmo nome de sua autoria, por sua vez inspirada no clássico D. Quixote, de Miguel de Cervantes.

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Sinopse

Durante a Inquisição na Espanha, Miguel de Cervantes é aprisionado como herege, e jogado em um calabouço com ladrões e assassinos. Para se defender de um "julgamento" dos companheiros de cela, ele lhes conta a história do cavaleiro errante Don Quixote de La Mancha.

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Man of La Mancha foi escolhido como um dos  dez melhores filmes de 1972 pelo National Board of Review.

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Elenco

  • Peter O'Toole .... Don Quixote de La Mancha / Miguel de Cervantes / Alonso Quijana
  • Sophia Loren .... Aldonza / Dulcinéia
  • James Coco .... Sancho Pança / criado de Cervantes
  • Harry Andrews .... governador
  • John Castle .... Duque / Dr. Sanson Carrasco
  • Brian Blessed .... Pedro
  • Ian Richardson .... padre
  • Julie Gregg .... Antônia Quijana
  • Rosalie Crutchley .... governanta
  • Gino Conforti ... . barbeiro
  • Marne Maitland .... capitão da guarda
  • Dorothy Sinclair .... Maria
  • Miriam Acevedo .... Fermina

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Prêmios

Oscar 1973 (EUA)

  • Indicado na categoria de melhor trilha sonora.

Globo de Ouro 1973 (EUA)

  • Indicado nas categorias de melhor ator - comédia / musical (Peter O'Toole) e melhor ator coadjuvante (James Coco).

National Board of Review 1972 (EUA)

  • Venceu na categoria de melhor ator (Peter O'Toole)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O Dia do Curinga

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Dados da obra

Escrito por Jostein Gaarder (1952 - )

Literatura norueguesa 

Dados desta edição

Editora Companhia das Letras, 384 págs.

Tradução de João Azenha Jr.

 Sobre o autor

Jostein Gaarder  Jostein Gaarder nasceu em 1952, na Noruega. Estudou filosofia, teologia e literatura, e foi professor durante dez anos. Estreou como escritor em 1986, tornando-se logo um dos autores de maior destaque em seu país. A partir de 1991, ganhou projeção internacional com O Mundo de Sofia, já traduzido para 42 línguas. Mora em Oslo, com a mulher e dois filhos.

 Sinopse

"Você já pensou que num baralho existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus, mas que existe apenas um curinga?", pergunta à sua mãe certa vez a jovem protagonista de O mundo de Sofia.

Esse é o ponto de partida deste outro livro de Jostein Gaarder, a história de um garoto chamado Hans-Thomas e seu pai, que cruzam a Europa, da Noruega à Grécia, à procura da mulher que os deixou oito anos antes. No meio da viagem, um livro misterioso desencadeia uma narrativa paralela, em que mitos gregos, maldições de família, náufragos e cartas de baralho que ganham vida transformam a viagem de Hans-Thomas numa autêntica iniciação à busca do conhecimento - ou à filosofia.

O dia do curinga é a história de muitas viagens fantásticas que se entrelaçam numa viagem única e ainda mais fantástica - e que só pode ser feita por um grande aventureiro: o leitor.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Laranja Mecânica

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Dados da obra

Ficção Científica

Reino Unido, 1971

2 horas e 18 minutos

Dirigido por Stanley Kubrick

Sinopse

Ambientado numa Inglaterra num futuro indeterminado, o filme mostra a vida de um jovem, chamado Alex DeLarge, cujos gostos variam de música clássica (Beethoven), a estupro e ultraviolência. Ele é o líder de uma gang de arruaceiros, aos quais se refere como "druguis" (palavra originária do russo druk, amigo). Alex narra a maioria do filme em "Nadsat", um idioma que mistura o russo, o inglês e o cockney (por exemplo, rozzer é polícia, drugo é amigo, chavalco é cara, moloko é leite). Alex é irreverente e abusa dos demais; mente para seus pais para faltar da escola.

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Alex leva seus droogs a invadir uma casa, golpeiam um escritor que vive nela e estupram a sua esposa, enquanto Alex canta Singin' in the Rain. Depois, lida com uma tentativa de golpe de um seus droogs subordinados.

Depois de faltar às aulas, seduz a duas adolescentes em uma loja de discos; apesar de não reconhecer o nome de suas estrelas favoritas, este as leva para sua casa e tem relações sexuais com ambas.

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Posteriormente, Alex é capturado durante um assalto, traído por seus droogs (um ao qual Alex tinha cortado a parte superior da mão direita por ter desrespeitado sua autoridade na gang). Alex é golpeado no rosto com uma garrafa de leite e fica cego, de forma temporária, na cena do crime. Essa cegueira permitirá sua captura. Depois de ser preso, descobre que a vítima do roubo morreu: Alex é um assassino. É sentenciado a 14 anos de prisão.

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Depois de ter cumprido dois anos de prisão, ele consegue a liberdade condicional, e se submete ao tratamento Ludovico, uma terapia experimental de aversão, desenvolvida pelo governo como estratégia para deter o crime na sociedade. O tratamento consiste em ser exposto a formas extremas de violência, como ver um filme muito violento. Alex é incapaz de parar de assistir, pois seus olhos estão presos por um par de ganchos. Também é drogado antes de ver os filmes, para que associe as ações violentas com a dor que estas lhe provocam.

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O tratamento o torna incapaz de qualquer ato de violência (nem mesmo em defesa própria), bem como de tocar uma mulher nua. Como efeito secundário, também não consegue ouvir a 9ª Sinfonia de Beethoven — que era sua peça favorita.

Sem a capacidade de se defender, e de ter sido desalojado por seus pais (estes alugaram sua casa a um hóspede, entregado seu som e tesouros, e aparentemente mataram Basil, sua cobra de estimação), Alex desanimadamente perambula por Londres. Ele encontra a velhas vítimas e dois de seus antigos droogs (agora policiais) que lhe golpeiam e quase afogam.

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Alex vaga pelos bosques até chegar à casa do escritor cuja esposa havia estuprado. O escritor o deixa entrar antes de descobrir sua identidade; logo, droga a Alex através de uma garrafa de vinho que ele o faz beber e tenta fazê-lo se suicidar tocando uma versão eletrônica da Nona Sinfonia de Beethoven. Alex se joga de uma janela, mas sobrevive.

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Depois de uma grande recuperação no hospital, Alex parece ser o de antes. No hospital, o Ministro de Interior (que havia antes selecionado Alex pessoalmente para o tratamento Ludovico) visita Alex, desculpando-se pelos efeitos do tratamento, dizendo que só seguia as recomendações de sua equipe. O governo oferece a Alex um trabalho muito bem remunerado se ele aceitar apoiar a eleição do partido político conservador, cuja imagem pública se viu seriamente danificada pela tentativa de suicídio de Alex e o polêmico tratamento ao qual foi submetido. Antecipando seu regresso, Alex narra o final do filme: "Definitivamente, estava curado" enquanto se vê uma fantasia surreal dele mesmo transando com uma mulher na neve, rodeado por damas e cavaleiros vitorianos aplaudindo, e pode-se escutar o último movimento da Nona Sinfonia ao fundo.

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Elenco

  • Malcolm McDowell .... Alex DeLarge
  • Patrick Magee ....... Sr. Alexander
  • Michael Bates ....... Chefe dos guardas
  • Warren Clarke ....... Dim
  • Adrienne Corri ...... Senhora Alexander
  • Carl Duering ........ Dr. Brodski
  • Paul Farrell ........ Morador de rua
  • Clive Francis ....... Lodger
  • Michael Glover ...... Diretor da prisão
  • Michael Tarn ........ Pete
  • James Marcus ........ George
  • Aubrey Morris ....... Deltoid
  • Godfrey Quigley ..... Capelão da prisão

    Prêmios

    Oscar 1972 (EUA)
    Indicações
    • Melhor Filme
    • Melhor Diretor
    • Melhor Roteiro Adaptado
    • Melhor Edição
    Globo de Ouro 1972 (EUA)
    Indicações
    • Melhor Filme - Drama
    • Melhor Diretor
    • Melhor Ator - Drama (Malcolm McDowell)
    BAFTA 1973 (Reino Unido)
    Indicações
    • Melhor Filme
    • Melhor Diretor
    • Melhor Roteiro
    • Melhor Fotografia
    • Melhor Direção de Arte
    • Melhor Edição
    • Melhor Trilha Sonora
    NYFCC 1971 (EUA)
    Indicações
    • Melhor Filme
    • Melhor Diretor

  • quarta-feira, 7 de outubro de 2009

    Supertramp - Paris

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    Paris é o sétimo álbum do Supertramp, lançado em 1980

    CD 1

      1. "School" – 5:28
      2. "Ain't Nobody But Me" – 5:37
      3. "The Logical Song" – 3:56
        1. "Bloody Well Right" – 7:38
        2. "Breakfast in America" – 2:56
          1. "You Started Laughing" – 4:02
          2. "Hide In Your Shell" – 6:54
          3. "From Now On" – 7:07

          CD 2

          1. "Dreamer" – 3:29
          2. "Rudy" – 7:23
            1. "A Soapbox Opera" – 4:51
              1. "Asylum" – 6:54
                1. "Take the Long Way Home" – 5:08
                  1. "Fool's Overture" – 10:57
                    1. "Vocal lider" – 1:23
                    2. Crime Of The Century" – 6:31

                    terça-feira, 6 de outubro de 2009

                    Sua Resposta Vale Um Bilhão

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                    Dados da obra

                    Escrito por Vikas Swarup

                    Literatura indiana 

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 344 págs.

                    Tradução de Paulo Henriques Britto

                     Sobre o autor

                    Vikas Swarup Vikas Swarup é diplomata de carreira. Já serviu na Turquia, nos Estados Unidos, na Etiópia e na Grã-Bretanha. Atualmente serve no Ministério das Relações Exteriores da Índia, em Nova Delhi. Sua resposta vale um bilhão já foi traduzido para vários idiomas, inclusive francês, alemão e russo, e já foi  transformado em filme.

                     Sinopse

                    Sua resposta vale um bilhão, romance de estréia do diplomata indiano Vikas Swarup, é uma narrativa à maneira das Mil e uma noites, com uma história central em que um personagem conta histórias para outro.

                    O contador de histórias aqui é Ram Mohammad Thomas, um garçom de dezoito anos que ganhou um bilhão de rupias - o maior prêmio de todos os tempos - num programa televisivo de perguntas e respostas.

                    Os organizadores do concurso, inadimplentes, se recusam a pagar o prêmio. Alegam que um garoto inculto como Ram não poderia conhecer as respostas, e o entregam à polícia para que ele seja torturado e confesse a fraude. Salvo por uma advogada, Ram terá de contar a ela a história de sua vida.

                    Cada episódio explica como ele ficou sabendo coisas como o significado da inscrição "INRI", que aparece nos crucifixos, e qual a maior condecoração por bravura concedida pelas forças armadas indianas. Unificadas pela presença do protagonista, herói picaresco que sempre acaba se saindo bem, graças a uma combinação de esperteza e sorte, as narrativas são ora cômicas, ora trágicas e apresentam um rico panorama da Índia contemporânea, onde passado e presente, miséria e opulência, religiosidade e comercialismo, ternura e violência se misturam.

                    segunda-feira, 5 de outubro de 2009

                    A Grande Arte

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                      Dados da obra

                    Escrito por Rubem Fonseca (1925 - )

                    Literatura brasileira

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 304 págs.

                     Sobre o autor

                    Rubem Fonseca Rubem Fonseca nasceu em Juiz de Fora, em 1925, e mora no Rio de Janeiro desde os oito anos de idade. É romancista, contista e roteirista de cinema. Já publicou diversas obras no Brasil e no exterior. Em 2003 recebeu, pelo conjunto de sua obra, o prêmio Camões e o prêmio de literatura latino-americana e do Caribe Juan Rulfo. Acredita, como Joseph Brodsky, que a verdadeira biografia de um escritor está nos seus livros.

                    Sinopse

                    Apenas a letra P, traçada a ponta de faca no rosto de uma prostituta assassinada. "Não haveria impressões digitais, testemunhas, quaisquer indícios que o identificassem. Apenas sua caligrafia."

                    Para decifrar essa escrita perversa, o advogado Mandrake - um dos grandes personagens da nossa literatura contemporânea - lança-se em uma frenética aventura pelo lado sombrio da metrópole, enquanto, de mão em mão, as facas cumprem sua faina silenciosa e mortal.

                    A grande arte, publicado originalmente no final de 1983, permaneceu durante meses na lista dos livros mais vendidos do Brasil. A crítica, que já tinha os contos de Rubem Fonseca em alta consideração, acolheu o romance com entusiasmo, tanto no Brasil como no exterior. A grande arte virou filme de Walter Salles em 1991, com roteiro baseado no romance de Rubem Fonseca.

                    "A ficção latino-americana tem se mostrado capaz de combinar sem nenhuma dificuldade o inteligente com o popular. A grande arte prende o leitor porque os seus elementos parodísticos dão realce, em vez de depreciar, ao seu lado sensacionalista, tornando o livro refinado e superior. [...] Uma improvisação valiosa, mesmo em tradução."- David Sexton, The Independent

                    "A grande arte é um empolgante policial e um ótimo romance - obrigatório."- Sérgio Augusto, Folha de S.Paulo

                    domingo, 4 de outubro de 2009

                    Tai Pan

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                    Dados da Obra

                    Escrito por James Clavell (1924 – 1994)

                    Publicado em 1966

                    Literatura americana

                    Dados desta edição

                    Editora Record, 740 págs.

                    Tradução de Sônia Coutinho

                    Sobre o autor

                    James Clavell Charles Edmund Dumaresq Clavell (Sydney, Austrália, 10 de outubro de 1924 - Vevey, Suíça, 7 de setembro de 1994) nasceu na Austrália, mas foi criado na Inglaterra e naturalizado americano, foi escritor e diretor de cinema.

                    Durante a segunda guerra mundial serviu a Real Artilharia Britânica, foi capturado em 1942 pelos japonese na ilha de Java e internado no campo de prisioneiros de Changi em Cingapura, fato que influenciou toda a sua obra.

                    Dirigiu filmes famosos como “Ao Mestre, Com Carinho” de 1967 com Sidney Poitier e “A Mosca da Cabeça Branca” de 1958, refilmado como “A Mosca” na década de 80.

                    Escreveu seis romances durante a sua carreira:

                    Changi (King Rat), 1962

                    Tai Pan, 1966

                    Xógum (Shogun), 1975

                    Casa Nobre (Noble House), 1981

                    Turbilhão (Whirlwind), 1986

                    Gai Jin, 1993

                    Sinopse

                    Trata da tomada da ilha e formação do porto de Hong Kong pelos ingleses.

                    O herói, Dirk Struan e seu digno anti-herói Tyler Brock, são dois exemplos de determinação, armadores e negociantes ocupam-se tanto com seus como com os interesses econômicos da coroa inglesa nesta época (janeiro de 1841).

                    Ambos são duros e experientes homens do mar, proprietários de navios mercantes, ópio principalmente e outras mercadorias da china para o mundo e do mundo para a china, em uma época de mercenários e outros perigos ambos tem barcos bem armados e bem tripulados e no desenrolar do livro tanto se envolvem politicamente como pessoalmente em escaramuças entre china e Inglaterra.

                    A capacidade de reação de Dirk as mais variadas situações, desde envolvimento em guerras, envolvimento com os políticos ingleses e tríades chinesas, que se fazem necessárias a sobrevivência e crescimento da casa nobre, passando por seu respeitoso ódio mortal por seu maior inimigo, Tyler e seu relacionamento com o filho que oriundo da sociedade inglesa choca-se com as posturas de seu pai que entre outras coisas tem como assassino e adultero até o momento em que descobre que eles são na realidade iguais.

                    O autor morou efetivamente na china por longo período, o que lhe permite dar um realismo impressionante a sociedade chinesa da época, que apesar de exclusivista aceita e respeita o Tai pan como fantástico ser humano que é.

                    O comportamento de Dirk se adequa a vida de qualquer empresário tal qual um arte da guerra, com coragem honra e astucia, ele envolve todos a seu redor de forma a que suas vontades e necessidades sempre prevaleçam de uma forma ou de outra, tanto que seu filho vem a tornar-se o tai pan da casa nobre para continuação da saga.

                    Enfim um livro emocionante que conduz o leitor a participar das suas batalhas navais, politicas e pessoais de tal forma que ao final dos escritos muitos leitores certamente o lerão mais uma vez; no mínimo!

                    quinta-feira, 1 de outubro de 2009

                    Mar Sem Fim

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                    Dados da obra

                    Escrito por Amyr Klink (1955 - )

                    Literatura brasileira 

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 308 págs.

                     Sobre o autor

                    Amyr Klink Amyr Klink nasceu em São Paulo, em 1955. Formou-se em economia e administração, mas é conhecido por suas viagens ao redor do mundo. Navegador experiente, registrou em livro diversas de suas aventuras, como a travessia a remo do Oceano Atlântico (Cem dias entre céu e mar) e a expedição de quase dois anos entre a Antártica e o Ártico (Paratii: entre dois pólos).

                     Sinopse

                    A viagem relatada em Mar sem fim começa numa data curiosa: 31 de outubro de 1998, Dia das Bruxas. Foi nesse dia que Amyr Klink deixou a mulher, Marina, e as filhas em Paraty, decidido a realizar o grande projeto de sua vida: sua primeira volta ao mundo, realizada nas águas da Convergência Antártica - notável e precisa fronteira entre as águas frias do Norte e as águas geladas da Antártica. Ali estão os mares mais perigosos do planeta. Um percurso considerado um desafio, mesmo com os equipamentos sofisticados da navegação moderna. Amyr foi o primeiro a realizá-lo, navegando sozinho no veleiro Paratii.

                    Foram 141 dias no mar. Um verão inteiro viajando em latitudes onde o sol nunca se esconde, enfrentando um mar temperamental, às vezes extremamente violento, com períodos de nenhuma visibilidade, muito gelo, vento forte, e o tempo todo submetido a uma rotina que não permitia mais do que cinco horas de sono não contínuo por dia. Dezoito mil milhas navegadas, 12.240 das quais sem pisar em terra, e com muitos sustos, como quando por pouco não ocorre uma colisão entre o Paratii e um gigantesco iceberg. O réveillon de Amyr, em meio a uma tempestade aparentemente eterna, tem um sabor de pesadelo. E, ao mesmo tempo, o deslumbramento: miragens de ilhas, a visão de um cachalote e da rica fauna marinha.

                    Essa é a viagem que o leitor acompanha neste livro, que contém três cadernos especiais com 53 ilustrações da fauna da região, fotos, mapas da Antártica feitos especialmente para esta edição pelo artista plástico Sírio Cansado, e ainda desenhos do Paratii.

                    terça-feira, 29 de setembro de 2009

                    Ensaio Sobre a Cegueira

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                    Dados da obra

                    Escrito por José Saramago (1922 – )

                    Literatura portuguesa 

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 312 págs.

                     Sobre o autor

                    Jose Saramago José Saramago nasceu em 1922, na província do Ribatejo, em Portugal. Devido a dificuldades econômicas foi obrigado a interromper os estudos secundários, tendo a partir de então exercido diversas atividades profissionais: serralheiro mecânico, desenhista, funcionário público, editor, jornalista, entre outras. Seu primeiro livro foi publicado em 1947. A partir de 1976 passou a viver exclusivamente da literatura, primeiro como tradutor, depois como autor. Romancista, teatrólogo e poeta, em 1998 tornou-se o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura.

                    Sinopse

                    Um motorista parado no sinal se descobre subitamente cego. É o primeiro caso de uma "treva branca" que logo se espalha incontrolavelmente. Resguardados em quarentena, os cegos se perceberão reduzidos à essência humana, numa verdadeira viagem às trevas.

                    O Ensaio sobre a cegueira é a fantasia de um autor que nos faz lembrar "a responsabilidade de ter olhos quando os outros os perderam". José Saramago nos dá, aqui, uma imagem aterradora e comovente de tempos sombrios, à beira de um novo milênio, impondo-se à companhia dos maiores visionários modernos, como Franz Kafka e Elias Canetti.

                    Cada leitor viverá uma experiência imaginativa única. Num ponto onde se cruzam literatura e sabedoria, José Saramago nos obriga a parar, fechar os olhos e ver. Recuperar a lucidez, resgatar o afeto: essas são as tarefas do escritor e de cada leitor, diante da pressão dos tempos e do que se perdeu: "uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos".

                    segunda-feira, 28 de setembro de 2009

                    O Mundo de Sofia

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                    Dados da obra

                    Escrito por Jostein Gaarder (1952 - )

                    Literatura norueguesa 

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 560 págs.

                    Tradução de João Azenha Jr.

                     Sobre o autor

                    Jostein Gaarder Jostein Gaarder nasceu em 1952, na Noruega. Estudou filosofia, teologia e literatura, e foi professor durante dez anos. Estreou como escritor em 1986, tornando-se logo um dos autores de maior destaque em seu país. A partir de 1991, ganhou projeção internacional com O Mundo de Sofia, já traduzido para 42 línguas. Mora em Oslo, com a mulher e dois filhos.

                     Sinopse

                    Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece.

                    O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste fascinante romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de "lição" em "lição", o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental - dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente.

                    Prêmio Monteiro Lobato "A Melhor Tradução/Jovem" pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - FNLIJ 1995

                    domingo, 27 de setembro de 2009

                    Ecce Homo

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                    "Conheço minha sorte. Alguma vez o meu nome estará unido a algo gigantesco – de uma crise como jamais houve na Terra, a mais profunda colisão de consciência, de uma decisão tomada, mediante um conjuro, contra tudo o que até este momento se acreditou, se exigiu, se santificou. Eu não sou um homem, eu sou dinamite."

                    Dados da obra

                    Escrito por Friedrich Nietzsche (1844-1900)

                    Literatura alemã

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 176 págs.

                    Tradução de Paulo César de Souza

                     Sobre o autor

                    Nietzsche Friedrich Nietzsche nasceu em Roecken, perto de Leipzig, Alemanha, em 1844. Durante dez anos foi professor de filologia clássica na Universidade da Basiléia, Suíça. Em 1872, publicou seu primeiro livro, O nascimento da tragédia. Escreveu mais treze obras de ensaios e aforismos, até o início de 1889, quando enlouqueceu. Deixou também milhares de páginas de anotações, publicadas postumamente. Um dos mais importantes filósofos do século XIX, exerceu (e continua a exercer) profunda influência sobre o pensamento e a literatura ocidentais. Morreu em 1900.

                    Sinopse

                    Em outubro de 1888, ao completar 44 anos de idade, Friedrich Nietzsche decidiu fazer um balanço de sua vida. Escreveu então Ecce homo, um dos mais belos livros da língua alemã, a obra mais singular jamais escrita por um filósofo.

                    Ecce homo não é uma simples autobiografia: é sobretudo confissão e interpretação, uma síntese inestimável da obra de Nietzsche e de seus conflitos. Um grande pensador, dos mais influentes de nossa época, fala apaixonadamente de suas influências, de sua paixão, de como surgiram suas obras, de seu modo de vida, de seus objetivos - e faz, assim, uma original e desconcertante introdução a si mesmo.

                    Considerando que Nietzsche o escreveu apenas algumas semanas antes de sofrer a perda completa da razão, Ecce homo é também sua última palavra, como filósofo, psicólogo e "anticristo".

                    sexta-feira, 25 de setembro de 2009

                    Despedida em Veneza

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                    Dados da obra

                    Escrito por Louis Begley (1933 - )

                    Literatura americana

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 224 págs.

                    Tradução de Anna Olga de Barros Barreto

                    Sobre o autor

                    LouisLouis Begley  Nasceu em 1933 na cidade de Stryj, então pertencente à Polônia. Em 1947, a família estabeleceu-se no Brooklyn, em Nova York. Depois de se graduar em Harvard em 1959, Begley atuou como advogado até se aposentar, em 2007. Entre os prêmios que recebeu, destacam-se o IrishTimes/Aer Lingus International Fiction Prize, o PEN/Hemingway Award, o Prix Médicis Étranger e o Konrad Adenauer Stiftung Literaturpreis.

                     Sinopse

                    Thomas Mistler, dono de uma bem-sucedida agência de publicidade, culto e requintado, é um genuíno self-made man; seus êxitos são em grande parte "independentes da circunstância, em si bastante agradável, de ter nascido [...] com uma colher de prata firmemente enfiada em sua boca". Surpreendido pela revelação de que está gravemente doente, encara a notícia como uma possibilidade de libertação: "Iria a Veneza. Era o único lugar no mundo onde nada o irritava".

                    Ali, cercado da arte que o emociona, Mistler reflete, com um certo desencanto e um toque de humor, sobre sua história: a herança conservadora, os negócios, as relações amorosas (duradouras ou fortuitas) a que não se entrega - a esposa, com quem se entedia; a fotógrafa ousada, de quem se serve e que se serve dele; a mulher reencontrada, que ele desejou tanto e que nunca o amou.

                    Com uma escrita sempre elegante, entre perspicaz e terna, Louis Begley nos faz acompanhar a história de um homem que se despede do seu tempo.

                    quinta-feira, 24 de setembro de 2009

                    A Mulher Que Escreveu a Bíblia

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                     Dados da obra

                    Escrito por Moacyr Scliar (1937 - )

                    Literatura brasileira

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 1999, 224 págs.

                     Sobre o autor

                    Moacyr Scliar Moacyr Scliar nasceu em Porto Alegre em 1937. É autor de oitenta livros em vários gêneros: romance, conto, ensaio, crônica, ficção infanto-juvenil. Suas obras foram publicadas em mais de vinte países, com grande repercussão crítica. Recebeu numerosos prêmios, como o Jabuti (1988, 1993 e 2000), o APCA (1989) e o Casa de las Americas (1989). É colaborador em vários órgãos da imprensa no país e no exterior. Tem textos adaptados para o cinema, teatro, televisão e rádio, inclusive no exterior. É médico e membro da Academia Brasileira de Letras.

                     Sinopse 

                    A mulher que escreveu a Bíblia é um pequeno romance em que se fundem as três maiores qualidades do gaúcho Moacyr Scliar: a imaginação, o humor e a fluência narrativa.

                    Ajudada por um ex-historiador que se converteu em "terapeuta de vidas passadas", uma mulher de hoje descobre que no século X antes de Cristo foi uma das setecentas esposas do rei Salomão - a mais feia de todas, mas a única capaz de ler e escrever. Encantado com essa habilidade inusitada, o soberano a encarrega de escrever a história da humanidade - e, em particular, a do povo judeu -, tarefa a que uma junta de escribas se dedica há anos sem sucesso.

                    Com uma linguagem que transita entre a elevada dicção bíblica e o mais baixo calão, a anônima redatora conta sua trajetória, desde o tempo em que não passava de uma personagem anônima, filha de um chefe tribal obscuro.

                    Moacyr Scliar recria o cotidiano da corte de Salomão e oferece novas versões de célebres episódios bíblicos. Em sua narrativa, repleta de malícia e irreverência, a sátira e a aventura são matizadas pela profunda simpatia do autor pelos excluídos de todas as épocas e lugares.

                    Prêmio Jabuti 2000 de Melhor Romance

                    quarta-feira, 23 de setembro de 2009

                    O Homem Que Sabia Demais

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                    Dados da obra

                    Suspense

                    Estados Unidos, 1956

                    2 horas

                    Dirigido por Alfred Hitchcock

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                    Sinopse

                    O filme de é uma refilmagem de um filme homônimo do próprio diretor, de 1934.

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                    Pouco antes de morrer, um agente secreto conta ao médico americano Ben McKenna e sua esposa Jo, dois turistas de passagem pelo Marrocos, sobre um plano para assassinar um diplomata durante um concerto. Para impedir que a informação chegue à polícia, os conspiradores seqüestram o filho do médico. Sem saber em quem confiar, o casal tem de lutar para recuperá-lo.

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                    Em suas clássicas aparições, o diretor Alfred Hitchcock surge neste filme de costas para a câmera, vendo acrobatas em um mercado marroquino, pouco antes do assassinato.

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                     Elenco

                  2. James Stewart .... Dr. Ben McKenna
                  3. Doris Day .... Jo McKenna
                  4. Brenda De Banzie .... Lucy Drayton
                  5. Bernard Miles .... Edward Drayton
                  6. Ralph Truman .... Buchanan
                  7. Daniel Gélin .... Louis Bernard
                  8. Mogens Wieth .... embaixador
                  9. Alan Mowbray .... Val Parnell
                  10. Hillary Brooke .... Jan Peterson
                  11. Christopher Olsen .... Hank McKenna
                  12. Reggie Nalder .... assassino
                  13. Noel Willman .... Woburn
                  14. Alix Talton .... Helen Parnell
                  15. Yves Brainville .... Inspetor

                     Prêmios

                    Oscar 1957 (EUA)

                    Venceu na categoria de melhor canção original, por Whatever Will Be, Will Be (Que sera, sera).

                  16. terça-feira, 22 de setembro de 2009

                    As Intermitências da Morte

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                    Dados da obra

                    Escrito por José Saramago (1922 - )

                    Literatura portuguesa

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 208 págs.

                     Sobre o autor

                    Jose Saramago José Saramago nasceu em 1922, na província do Ribatejo, em Portugal. Devido a dificuldades econômicas foi obrigado a interromper os estudos secundários, tendo a partir de então exercido diversas atividades profissionais: serralheiro mecânico, desenhista, funcionário público, editor, jornalista, entre outras. Seu primeiro livro foi publicado em 1947. A partir de 1976 passou a viver exclusivamente da literatura, primeiro como tradutor, depois como autor. Romancista, teatrólogo e poeta, em 1998 tornou-se o primeiro autor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel de Literatura.

                    Sinopse

                    "Não há nada no mundo mais nu que um esqueleto", escreve José Saramago diante da representação tradicional da morte. Só mesmo um grande romancista para desnudar ainda mais a terrível figura.

                    Apesar da fatalidade, a morte também tem seus caprichos. E foi nela que o primeiro escritor de língua portuguesa a receber o Prêmio Nobel da Literatura buscou o material para seu novo romance, As intermitências da morte. Cansada de ser detestada pela humanidade, a ossuda resolve suspender suas atividades. De repente, num certo país fabuloso, as pessoas simplesmente param de morrer. E o que no início provoca um verdadeiro clamor patriótico logo se revela um grave problema.

                    Idosos e doentes agonizam em seus leitos sem poder "passar desta para melhor". Os empresários do serviço funerário se vêem "brutalmente desprovidos da sua matéria-prima". Hospitais e asilos geriátricos enfrentam uma superlotação crônica, que não pára de aumentar. O negócio das companhias de seguros entra em crise. O primeiro-ministro não sabe o que fazer, enquanto o cardeal se desconsola, porque "sem morte não há ressurreição, e sem ressurreição não há igreja".

                    Um por um, ficam expostos os vínculos que ligam o Estado, as religiões e o cotidiano à mortalidade comum de todos os cidadãos. Mas, na sua intermitência, a morte pode a qualquer momento retomar os afazeres de sempre. Então, o que vai ser da nação já habituada ao caos da vida eterna?

                    Ao fim e ao cabo, a própria morte é o personagem principal desta "ainda que certa, inverídica história sobre as intermitências da morte". É o que basta para Saramago, misturando o bom humor e a amargura, tratar da vida e da condição humana.

                    segunda-feira, 21 de setembro de 2009

                    O Físico

                    imagemCAGY63PY Dados da obra

                    Escrito por Noah Gordon (1926 - )

                    Publicado em 1986

                    Literatura americana

                    Dados desta edição

                    Editora Rocco, 596 págs.

                    Tradução de Aulyde Soares Rodrigues

                    Sinopse

                    O drama turbulento e, por vezes, divertido, de um homem dotado do poder quase místico de curar, que tem a obsessão de vencer a morte e a doença, é aqui contado desde o obscurantismo e a brutalidade do século XI na Inglaterra ao esplendor e sensualidade da Pérsia, detalhando a idade de ouro da civilização árabe e judaica.

                    A história começa quando Rob Cole, órfão, aprendiz de um barbeiro-cirurgião na Inglaterra, toma conhecimento da existência de uma escola extraordinária na Pérsia, onde um famoso físico leciona. Decidido a ir a seu encontro, descobre que o único problema estava no fato de que cristãos não tinham acesso às universidades muçulmanas durante as Cruzadas. A solução era Rob assumir a identidade de um judeu, ao mesmo tempo em que se envolvia com uma avalanche de fatos verdadeiramente impressionantes.

                    “Mais que uma recriação histórica magistral, aqui está também a história fantástica de uma vocação para a medicina. O romance de Noah Gordon recria o século XI de maneira tão eloqüente que o leitor é levado em suas centenas de páginas por uma onda gigantesca de autenticidade e imaginação” (Publishers Weekly)

                    domingo, 20 de setembro de 2009

                    O Anticristo e Ditirambos de Dionísio

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                    "Este livro é para os espíritos livres, pois só estes o compreenderão"

                    Dados da obra

                    Escrito por Friedrich Nietzsche (1844-1900)

                    Literatura alemã

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 176 págs.

                    Tradução de Paulo César de Souza

                     Sobre o autor

                    Nietzsche Friedrich Nietzsche nasceu em Roecken, perto de Leipzig, Alemanha, em 1844. Durante dez anos foi professor de filologia clássica na Universidade da Basiléia, Suíça. Em 1872, publicou seu primeiro livro, O nascimento da tragédia. Escreveu mais treze obras de ensaios e aforismos, até o início de 1889, quando enlouqueceu. Deixou também milhares de páginas de anotações, publicadas postumamente. Um dos mais importantes filósofos do século XIX, exerceu (e continua a exercer) profunda influência sobre o pensamento e a literatura ocidentais. Morreu em 1900.

                    Sinopse

                    O Anticristo foi redigido em 1888, mas Nietzsche não chegou a acompanhar a publicação, pois, como se sabe, ficou demente no início de 1889. A obra saiu apenas em 1895, editada por sua irmã, que expurgou algumas passagens.

                    Em quase todos os seus livros Nietzsche discute a religião e a moral cristãs, mas é em O Anticristo que essa discussão alcança a forma mais desinibida e polêmica. Ele faz uma reinterpretação do cristianismo inicial, distinguindo entre o que teria sido Jesus de Nazaré e a interpretação que o apóstolo Paulo fez, algum tempo depois, da figura e dos ensinamentos de Jesus. Para Nietzsche, foi são Paulo quem transformou Jesus em Cristo, foi ele o verdadeiro inventor do cristianismo.

                    O livro oferece, entre outras coisas, uma crítica do conceito cristão de Deus, uma análise do tipo psicológico do Salvador, uma psicologia da fé e dos crentes, uma comparação entre o budismo e o cristianismo, envolvendo uma concepção bastante heterodoxa sobre a natureza do cristianismo. No final, este é condenado como uma religião niilista e negadora da sexualidade, ou seja, contrária aos valores vitais.

                    Os Ditirambos de Dionísio são nove poemas "inspirados" pelo deus Dionísio, que para Nietzsche simbolizava o oposto dos valores cristãos. Eles são publicados pela primeira vez no Brasil, numa edição bilíngüe alemão-português

                    sábado, 19 de setembro de 2009

                    Se Um Viajante Numa Noite De Inverno

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                     Dados da obra

                    Escrito por Ítalo Calvino (1923 – 1985)

                    Literatura italiana

                    Dados desta edição

                    Editora Companhia das Letras, 280 págs

                    Tradução de Nilson Moulin

                     Sobre o autor

                    Italo Calvino Ítalo Calvino nasceu em Santiago de Las Vegas, Cuba, em 1923, tendo ido logo a seguir para a Itália. Participou da resistência ao fascismo durante a guerra e foi membro do Partido Comunista até 1956. Em 1946 instalou-se em Turim, onde doutorou-se com uma tese sobre Joseph Conrad. Publicou sua primeira obra, Il sentiero dei nidi di ragno, em 1947. Com O visconde partido ao meio, lançado em 1952, o autor abandonou o neo-realismo dos primeiros livros e começou a explorar a fábula e o fantástico, elementos que marcariam profundamente a sua obra. Nos anos 60 e 70 aprofundou suas experiências formais em livros como As cidades invisíveis e Se um viajante numa noite de inverno. Considerado um dos maiores escritores europeus deste século, morreu em 1985.

                     Sinopse 

                    Nesse romance, Calvino consegue uma proeza notável: unir o prazer voraz da leitura às tortuosas questões da vanguarda literária. No centro de sua preocupação está um tema que os teóricos chamam de "crise da representação", ou seja, no mundo capitalista contemporâneo, dividido, múltiplo, alienado, não teriam mais lugar os romances tradicionais, com princípio, meio e fim, que constroem personagens e organizam o mundo, dando um sentido às coisas.

                    O leitor de hoje estaria condenado ou à leitura espinhosa de obras que se debruçam sobre si mesmas e procuram desesperadamente uma saída para a literatura, ou à superficialidade descartável das obras de simples entretenimento. Calvino "socorre" esse leitor que é inquieto e exigente mas que gostaria que os autores escrevessem livros "como uma macieira faz maçãs".

                    Para isso, faz do próprio leitor seu personagem principal, cuja grande missão é ler romances. E tal como você, leitor(a), ele entra numa livraria e compra este livro: Se um viajante numa noite de inverno. É aí que começa a história.