Discutindo Arte
Compartilhando experiências com a arte
domingo, 19 de janeiro de 2020
As Brasas
sábado, 22 de outubro de 2011
O Velho e o Mar
Dados da obra
Escrito por Ernest Hemingway (1899-1961)
Publicado em 1952
Literatura norte-americana
Dados desta edição
Editora Bertrand Brasil, 2004, 128 págs.
Tradução de Fernando de Castro Ferro
Sobre o autor
Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em Paris, conhecida como "geração perdida", nome inventado e popularizado por Gertrude Stein. Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou-se quatro vezes, além de vários relacionamentos românticos.
A vida e a obra de Hemingway tem intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve passagem, mas marcante para um escritor americano que estabeleceu uma relação emotiva e ideológica com os espanhóis. Em Pamplona, meados do século XX, fascinado pelas touradas, a ponto de tornar-se um toureiro amador, transporta essa experiência para dois livros: O Sol Também Se Levanta (1926) e Por Quem os Sinos Dobram (1940). Ao cobrir a Guerra Civil (1937) – como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o fascismo. Em 1952 publica "O Velho e o Mar", com o qual ganhou o prêmio Pulitzer (1953), considerada a sua obra-prima. Hemingway recebeu o Nobel de Literatura de 1954.
Ao longo da vida do escritor, o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita frequência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde e financeiros. Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, o atormentava com a sua personalidade dominadora. Ela enviou-lhe pelo correio a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, atônito, não sabia se ela queria que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como lembrança. A vida inteira jogou com a morte, até que, na manhã de 2 de julho de 1961, em Ketchum, Idaho, tomou do fuzil de caça e disparou contra si mesmo.
Sinopse
O Velho e o Mar, uma obra-prima do nosso tempo. Essa é a história de um homem que convive com a solidão do alto-mar, com seus sonhos e pensamentos, sua luta pela sobrevivência e sua inabalável confiança na vida.
Depois de passar quase três meses sem fisgar um peixe, escarnecido pelos colegas de profissão, o velho Santiago enfrenta o alto-mar, sozinho, em seu pequeno barco. Quer provar aos outros e a si mesmo que ainda é um bom pescador. É em completa solidão que ele travará uma luta de três dias com um peixe imenso, um animal quase mitológico, que lembra um ancestral literário, a baleia Moby Dick. À medida que o combate se desenvolve, o leitor vai embarcando no monólogo interior de Santiago, em suas dúvidas, sua angústia, sentindo os músculos retesados, a boca salgada e com gosto de carne crua, as mãos úmidas de sangue. Por fim o peixe se dobra à força do pescador. Mas a vitória não será completa - surgem os tubarões...
Escrito num estilo ágil e nervoso, máxima depuração da prosa jornalística do autor, o livro explora os limites da capacidade humana diante de uma natureza voraz, onde todos os elementos estão permanentemente em luta, numa autodevoração sem fim.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Amor Sem Limites
Dados da obra
Escrito por Robert A. Heinlein (1907-1988)
Publicado em 1973
Literatura norte-americana
Dados desta edição
Editora Record, 1973, 642 págs.
Tradução de Marina Leão Teixeira Viriato de Medeiros
Sobre o autor
Robert Anson Heinlein (Butler, Missouri, EUA, 7 de julho de 1907 — Carmel, Califórnia, EUA, 8 de maio de 1988) foi um grande mestre da ficção científica e o primeiro escritor deste gênero a viver exclusivamente da sua obra literária.
Formado pela Academia Naval de Annapolis seu grande sonho era servir a Marinha dos Estados Unidos, profissão que exerceu até 1934 quando foi reformado após contrair tuberculose, ao sair da marinha estudou física e matemática na Universidade da Califórnia e trabalhou em vários ramos: arquitetura, política, corretagem de imóveis e mineração.
Desde jovem apreciava astronomia e era leitor assíduo de ficção científica, em 1938 transpôs para o papel seus conhecimentos, iniciando sua brilhante carreira literária. Ganhou quatro vezes o Prêmio Hugo.
Sinopse
O maior e o mais ambicioso trabalho de Heinlein, o livro narra a história de um homem tão apaixonado pela Vida que se recusa a parar de vivê-la; e tão apaixonado com o Tempo que se torna seu próprio ancestral.
Lazarus Long, personagem central desta história, é o representante mais velho da raça humana: ele tem mais de 2.300 anos de idade! Nascido em 11 de novembro de 1890 submete-se a vários rejuvenescimentos, vive diversas vidas sob nomes diferentes, de cada uma das quais faz a sua crônica.
No ano de 4272 as pessoas têm a grande preocupação de conhecerem a origem de suas famílias. Apesar das fabulosas conquistas da ciência e da tecnologia, o homem continua obcecado pela própria identidade e pelo conhecimento do seu passado. Acha-se que qualquer pessoa física ou jurídica sem tradição, sem história, estará meio condenada à destruição pelo trauma que tal situação implica.
É imenso o progresso material do mundo em 4272, mas a civilização regrediu, porque o avanço da genética e o advento da implantação de clones fazem com que a moral convencional sofra uma profunda reviravolta, alterando conceitos firmemente gravados na consciência humana desde os seus primórdios. O incesto deixa de ser imoral, graças à impossibilidade da procriação de descendentes defeituosos garantida pela ciência, como prova o amor tórrido de Ted Bronson, de fazer inveja a Sófocles... A busca do hedonismo é avassaladora. O homem torna-se um animal na verdadeira acepção da palavra, assegurando sua longevidade pelo acasalamento consangüíneo de exemplares selecionados. Tal como o gado e os animais de laboratório.
Este é o extraordinário tema da mais recente e ambiciosa obra de um grande mestre da ficção científica, AMOR SEM LIMITES, como o classificou a crítica americana, "é um romance completo, extremamente rico em detalhes".
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Calígula
Dados da obra
Escrito por Allan Massie(1938-)
Publicado em 2004
Literatura Inglesa
Dados desta edição
Editora Ediouro, 2005, 276 págs.
Tradução de Beatriz Horta
Sobre o autor
Allan Massie (Cingapura, 19 de outubro de 1938). Historiador, jornalista e escritor britânico. Cresceu em Aberdeenshire na Escócia e foi educado na Inglaterra estudando em Glenalmond e no Trinity College, em Cambridge, onde se formou e passou a lecionar História. Também morou e lecionou durante vários anos na Itália. Atualmente é resenhista-chefe do The Scotsman, colunista do Daily Telegraph e do Spectator, membro da Real Sociedade de Literatura e juiz do Prémio Man Booker. Autor prolífico, já publicou mais de 30 livros, incluindo 19 novelas, destacando-se especialmente pela popularidade alcançada por seus romances históricos. Um grande admirador de Sir Walter Scott e do russo Andreï Makini, Massie mora com sua esposa Allison e seus três filhos na cidade de Selkirk, na fronteira escocesa, onde vive há 25 anos.
Sinopse
Gaio Júlio César Germânico, o Calígula, é considerado pelos historiadores um dos mais cruéis, sangrentos e autoritários imperadores romanos. Tinha menos de 25 anos quando se tornou imperador, sem nunca ter servido no exército ou assumido um cargo público. Seu reinado foi breve e marcado pela instabilidade mental, com relatos de orgias e devassidão sexual, delírios de loucura e grandeza.
Nesta biografia romanceada, o autor questiona a versão da maioria dos historiadores e filósofos a respeito desse personagem símbolo da decadência romana.
Quem ousaria ignorar um pedido de Agripina, mãe do pequeno Nero? Lucius, oficial do estado-maior de Germânico e Tibério, temido e invejado por ter tido a honra de privar da intimidade de dois dos imperadores romanos, acatou aquele pedido como uma ordem: escrever a biografia do falecido Gaio, imperador-comandante do Império Romano, que em apenas quatro anos de governo reuniu mais poderes do que Júlio César.
Mas seria possível contar a história do imprevisível, louco, devasso, cruel e sedutor Gaio sem desnudar a história de Roma e da família imperial? Esse é o fio condutor de mais um romance histórico escrito por Allan Massie, sem dúvida um especialista na história de Roma e de seus senhores.
Depois de Augusto, César, Antônio, Tibério e Nero, é a vez de Calígula - "(...) o homem mais solitário do mundo (...) tão perdido a ponto de se achar um deus - ele, que não dominava nem a própria cabeça (...)."
Narrado em forma de biografia romanceada, o livro apresenta personagens e fatos reais. Combinando conhecimento histórico com uma fértil imaginação, o autor questiona a versão da maioria dos historiadores e filósofos a respeito desse personagem símbolo da decadência romana. Afinal, no que se transformara a capital do Império senão num retrato de seus governantes? Será que Calígula realmente enlouqueceu ou, ao contrário, provou sua sanidade mental expondo o inferno que era Roma? "Gaio era apenas a manifestação radical da doença que atinge todos nós (...) uma geração mergulhada no vício e prestes a dar origem a uma prole ainda mais vil."
O império, que se estendia do Reno aos desertos da África, devorou a República e se tornou um lugar abandonado pelos deuses, onde o dinheiro corrompeu a política e a cobiça, a violência, a corrupção, a desordem e a desonra imperavam. Você já ouviu falar em algum lugar assim?
Calígula. Um retrato fascinante do mundo romano escrito por um dos melhores romancistas da atualidade.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Se Houver Amanhã
Dados da obra
Escrito por Sidney Sheldon (1917-2007)
Publicado em 1985
Literatura Americana
Dados desta edição
Editora Record, 1986, 402 págs.
Tradução de A. B. Pinheiro de Lemos
Sobre o autor
Sidney Sheldon (Chicago, 11 de Fevereiro de 1917 — Los Angeles, 30 de Janeiro de 2007) foi um novelista e roteirista estadunidense.
Nascido Sidney Schechtel, de pai judeu alemão e mãe judia russa, iniciou sua carreira em Hollywood como revisor de roteiros em 1937 além de colaborar em inúmeros filmes de segunda linha. Preferiu trabalhar no cinema do que na literatura por não julgar-se capaz de escrever um livro. Entrou para o Army Air Cops (Unidade do Exercito que compreende quase toda a aviação, e que se tornou parte da Força Aérea em 1947) durante a Segunda Guerra Mundial mas não chegou a servir por causa de uma hérnia de disco. Sheldon retornou à vida civil e começou a escrever musicais para a Broadway além de roteiros para a MGM e Paramount Pictures. Foi o criador da série televisiva Jeannie é um Gênio e Casal 20.
Em 1969, Sidney Sheldon lançou seu primeiro romance, A Outra Face (título original: The Naked Face), e a partir daí escreveu vários títulos de sucesso.
Sidney Sheldon vendeu mais de 300 milhões de livros em todo o mundo. É o único escritor que recebeu quatro dos mais cobiçados prêmios da indústria cultural americana: o Oscar (cinema), o Emmy (tv), o Tony (teatro) e o Edgar (literatura) de suspense. É atualmente o autor mais traduzido em todo o planeta, cujos romances foram vendidos em 51 idiomas e distribuídos em 180 países.
Mesmo não sendo um escritor elogiado pelos críticos, Sheldon se orgulhava da autenticidade das suas obras, uma vez que essas eram escritas segundo experiências vividas pelo autor.
Sheldon, um dos escritores mais produtivos da literatura americana contemporânea, morreu no dia 30 de janeiro de 2007, em Los Angeles, aos 89 anos, devido a complicações causadas por uma pneumonia.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/Sidney_Sheldon
Sinopse
Crimes perfeitos, como o roubo de um quadro de Goya do Museu do prado, são um desafio pára Tracy Whitney. Mas ela não é uma ladra qualquer: para vingar-se dos homens que a colocaram injustamente na prisão, Tracy torna-se uma especialista em aplicar golpes em empresários inescrupulosos. De Nova Orleans a Londres, passando por Paris, Biarritz, Madri e Amsterdam, ela desafia a Interpol com uma série de ações ousadas, tendo como rival apenas Jeff Stevens, um irresistível trambiqueiro.
sábado, 17 de abril de 2010
O Livro do Riso e do Esquecimento
Dados da obra
Escrito por Milan Kundera(1929- )
Publicado em 1978
Literatura Tcheca
Dados desta edição
Editora Nova Fronteira, 1987, 254 págs.
Tradução da edição francesa
Tradução de Teresa Bulhões Carvalho da Fonseca
Sobre o autor
Milan Kundera (1 de abril de 1929, Brno, Tchecoslováquia) foi membro do partido comunista e envolveu-se, assim como outros artistas, na Primavera de Praga de 1968. Seus livros foram proibidos de serem publicados em seu país , apenas em 2006 foi lançado na República Tcheca o seu livro mais famoso - “A Insustentável Leveza do Ser”. Vive na França desde 1975, tornando-se cidadão francês em 1980.
Sinopse
O livro do riso e do esquecimento é uma narrativa entrecortada de erotismo e imagens oníricas. Em sete partes aparentemente autônomas o autor lança um olhar agudo e amargo sobre o cotidiano da República Tcheca após a invasão russa de 1968: as desilusões da juventude, a desorientação dos intelectuais, a prepotência dos líderes políticos, tudo converge para o esquecimento, imposto ou voluntário, individual ou coletivo.
Como em A insustentável leveza do ser, Kundera articula de forma admirável, muitas vezes invisível, o destino individual dos personagens e o destino coletivo de um povo, a vida ordinária de pessoas comuns e a vida extraordinária da História.
domingo, 18 de outubro de 2009
Viagem ao Centro da Terra
Dados da obra
Escrito por Júlio Verne (1828-1905)
Publicado em 1864
Literatura francesa
Dados desta edição
Editora RBA, 2003, 267 págs.
Coleção Biblioteca Júlio Verne
Sinopse
No ano de 1863, pleno século XIX, o Dr. Lidenbrock, professor e geólogo alemão, depois de ter encontrado um manuscrito, escrito em código, de um antigo alquimista islandês do século XVI, e de o ter decifrado, descobriu que este foi ao centro da Terra.
Querendo também realizar tal feito “impossível”, ele e o seu sobrinho Axel, partiram para a Islândia com o intuito de penetrar no interior da crosta terrestre e chegar ao centro da Terra, como vinha referido no misterioso manuscrito, a entrada para o interior da Terra era feita a partir de uma cratera de um vulcão na região ocidental da ilha da Islândia, o Sneffels.
Depois de chegada à Islândia, o Dr. Lidenbrock contratou um caçador islandês, Hans, para servir de guia até ao vulcão e de ajudante na sua longa jornada no interior da Terra. Já abaixo da superfície terrestre, estes três homens desceram corredores e galerias, passando por vários obstáculos e peripécias, como por exemplo falta de água, andaram perdidos, Axel perdeu-se do grupo, entre outras... Até que chegaram a uma galeria de dimensões colossais que continha no seu interior um oceano, ilhas, nuvens, e até mesmo luz, gerada por um fenômeno elétrico desconhecido.
Para além destas características ainda possuía outra, mais chocante, existia vida naquele mundo paralelo ao mundo superficial, vida que na superfície era considerada já extinta há muitos milhares de anos, que ia desde dinossauros ao homem das cavernas.
Tudo isto a milhares de metros de profundidade, os três exploradores tiveram de construir uma jangada para viajar naquele oceano que parecia não ter fim. Resistiram a uma tempestade de vários dias que os levou à margem oposta do oceano, onde encontraram a passagem para o centro da Terra, mas estava bloqueada por um desabamento de terras recente. Hans colocou pólvora em torno da passagem e explodiu com o obstáculo, mas essa explosão foi de tal ordem que fez com que a jangada onde os três estavam fosse puxada para uma chaminé de um vulcão, em consequência de uma erupção foram expelidos para a superfície terrestre.
Quando estabeleceram contato com os habitantes locais, descobriram que tinham saído no vulcão Stromboli, localizado a norte da Sicília. Ou seja, percorreram mais de cinco mil quilômetros nesse mundo paralelo.