Dados da obra
Escrito por Aldous Huxley(1894-1963)
Publicado em 1932
Literatura inglesa
Dados desta edição
Editora Globo, 2001, 312 págs.
Tradução de Lino Vallandro e Vidal de Oliveira
Sobre o autor
Aldous Leonard Huxley (Godalming, Inglaterra, 26 de Julho de 1894 — Los Angeles, EUA, 22 de Novembro de 1963) foi um grande escritor do século XX, além de ensaísta e roteirista. Membro de uma família de intelectuais, formou-se com honra em literatura inglesa pela Universidade de Oxford, onde conheceu Bertrand Russell e se tornou amigo de D. H. Lawrence.
Começou a ter problemas com a visão ainda adolescente, permanecendo quase cego por toda a vida. Viveu por um tempo na Itália na década de 20, presenciando o regime fascista de Mussolini, e em 1937 mudou-se para Los Angeles, trabalhando como um dos mais bem remunerados roteiristas de Hollywood.
Fez uso da substancia mescalina, um alucinógeno extraído do cacto peiote, narrando suas experiências em “As Portas da Percepção” (1954), livro que influenciou a cultura hippie e que forneceu a Jim Morrison inspiração para o nome de sua banda, The Doors.
Escreveu 47 livros ao longo de sua vida, abordando temas como liberdade individual, tecnologia e política. Em 1959, foi agraciado pela Academia Americana de Artes e Letras com um prêmio por seus romances.
Sinopse
Este é um romance extraordinário, cujo o enredo se passa em 637 d.F. (depois de Ford), o primeiro empresário a utilizar o artifício conhecido como “linha de montagem”, e narra a forma de organização que a humanidade terá no futuro.
O estado controla tudo e todos, os seres humanos são divididos em castas, cada uma responsável por uma atividade dentro da sociedade, os alfas no topo da pirâmide com o controle administrativo, os ípsilons na base com as tarefas mais sórdidas.
Todos são criados em laboratório, em uma “linha de montagem”, cada lote recebendo as características pré-determinadas para a função que irão exercer durante a vida, os alfas: altos, belos e inteligentes, os ípsilons: baixos, feios e com capacidade de realizar uma única função.
Uma sociedade onde família, monogamia, privacidade e pensamento criativo constituem crime, na qual pensamentos de “pai” e “mãe” são meramente históricos, relacionamentos emocionais intensos ou prolongados são proibidos e considerados anormais, onde a promiscuidade é moralmente obrigatória e a higiene um valor supremo, uma vida baseada na dose diária da droga “soma”,o segredo da felicidade eterna.
Em meio a toda esta “perfeição” vive Bernard Marx, um alfa que tem uma infelicidade doentia, acalentando um desejo não natural por solidão, não vendo mais graça nos prazeres infinitos da promiscuidade compulsória, um questionador do sistema, que vai buscar em uma reserva selvagem, um dos poucos lugares onde a vida antiga “imperfeita” ainda subsiste, resposta para as suas dúvidas existenciais.
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