domingo, 22 de fevereiro de 2009

Poesia – Alberto Caeiro

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Dados da obra

Coletânea de poemas escritos por Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa (1888-1935)

Literatura portuguesa

Dados desta edição

Editora Companhia das Letras, 1ªedição 2001, 312 págs.

Edição de Fernando Cabral Martins e Richard Zenith, autores dos dois ensaios que integram o livro.

O texto de orelha é assinado pelo artista plástico e escritor Nuno Ramos.

Sobre o autor

fernando%20pessoa%203 Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, Portugal, 13 de Junho de 1888 - Lisboa, Portugal, 30 de Novembro de 1935) é considerado um dos maiores poetas do século XX e sua genialidade comparada a de Camões.

Durante a vida publicou apenas alguns poemas em inglês e o livro Mensagem (1934), uma de suas obras mais célebres, onde ele remonta o passado heróico de Portugal. Foi um dos fundadores da revista Orpheu (1915), que representa o marco do modernismo em Portugal.

É o maior e mais famoso criador de heterônimos, alguns estudiosos declaram que criou pelo menos 72, sendo Álvaro de Campos, Alberto Caeiro, Ricardo Reis e o “semi-heterônimo” Bernardo Soares os mais aclamados.

Sua última frase escrita antes de morrer foi “I know not what tomorrow will bring... " ("Não sei o que o amanhã trará").

Sinopse

A livro é uma coletânea de poemas escritos pelo heterônimo Alberto Caeiro, poeta ligado a natureza e que se declarava “anti-metafísico”, desprezando e repreendendo qualquer pensamento filosófico, afirmando que “pensar é estar doente dos olhos”.

Alberto Caeiro nasceu em Lisboa 1889 e morreu de tuberculose em 1915, passou a maior parte da vida no campo, não teve profissão nem educação quase alguma, era de estatura média, louro e com olhos azuis.

Poema IX de “O Guardador de Rebanhos”

    Sou um guardador de rebanhos
    O rebanho é os meus pensamentos
    E os meus pensamentos são todos sensações.
    Penso com os olhos e com os ouvidos
    E com as mãos e os pés
    E com o nariz e a boca.

    Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
    E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

    Por isso quando num dia de calor
    Me sinto triste de gozá-lo tanto.
    E me deito ao comprido na erva,
    E fecho os olhos quentes,
    Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
    Sei a verdade e sou feliz.

Classificação

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Um comentário:

  1. Alberto caeiro me traz boas lembranças. Poesia guardada pra sempre no meu coração de pessoas especiais!!!!

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